sábado, 30 de junho de 2012

Individualismo e egoísmo



Individualismo e egoísmo

O individualismo é uma expressão recente, que corresponde a uma ideia nova. O que os nossos antepassados conheceram foi o egoísmo.

O egoísmo é uma admiração intensa e exagerada por si próprio que leva o homem a tomar-se como único ponto de referência, e a preferir os seus interesses.

O individualismo é um sentimento consciente e tranquilo, que leva cada cidadão a isolar-se da massa dos seus semelhantes, e a afastar-se, com a família e os amigos. O homem constitui assim à sua volta uma pequena sociedade, para seu uso, e deixa voluntariamente de se interessar pela grande sociedade propriamente dita.

O egoísmo tem origem num instinto cego; o individualismo provém mais de um juízo errado do que dum sentimento adulterado. As suas raízes encontram-se tanto nos defeitos do espírito como nos do coração…

O egoísmo seca o gérmen de todas as virtudes; o individualismo apenas extingue a fonte das virtudes públicas; mas à distância, ataca e destrói todas as demais e funde-se enfim com o egoísmo.
O egoísmo é um defeito tão antigo como o mundo. Não é mais característico de uma forma de sociedade do que de outra.
O individualismo é de origem democrática, e ameaça desenvolver-se, à medida que as condições sociais se tornam iguais.

Tocqueville, Da democracia na América, Rés Editora, pp. 323, 324




Pense de novo

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

O que é semeado, é colhido!



Você conhece a semente?

Vou mudar, não quero fazer como meus pais, quero fazer algo diferente, educar da maneira que acredito ser o melhor, serei melhor que meus pais, quero dar ao meu filho o que não tive, essas, entre outras razões são justificativas para inovar o “modelo” de criação e educação de filhos.
Assim começam as ditas mudanças. Mudança de atitudes, de comportamento, de educação, de valores...
Sem se aperceber, está deixando para trás um modelo seguro, justo e eficaz para “plantar” algo desconhecido e sem experiência. É bom inovar, mudar, mas é necessário que essa mudança seja estruturada e não radical. Quando ela é abrupta, radical e sem base sólida faz com que a família fique desestruturada e sem direção. Vemos isso acontecendo todos os dias. Filhos totalmente livres, sem direção e sem segurança. Pensamos que isso é o “melhor” para eles, mas no momento não enxergamos que são crianças, adolescentes, jovens e que não possuem nenhuma experiência de vida, nem conhecimento de regras e/ou condições de convivência humana sem acompanhamento.
Precisamos ter consciência de que, sim, queremos mudanças, mas mudanças com seriedade e sabedoria. Do jeito que as coisas vão perceberemos, no futuro, que nos perdemos e enfiamos os pés pelas mãos. Vamos mudar mantendo os valores. Caráter, respeito, educação, gentileza, princípios morais, são pilares fundamentais para o bom andamento dos relacionamentos e da sociedade.