Sempre me surpreendo quando ouço as pessoas se manifestarem acerca de um desejo que sentem: falam como se fosse impossível contrariá-lo.
Quando alguém se coloca contra o exercício de um desejo, parece que está cometendo um delito grave: é como se fosse obrigatório realizá-lo!
Se um diabético sentir forte desejo de comer um doce, deveria exercer sua vontade? Devo sempre exercer o desejo de agredir quem me ofendeu?
Devo exercer o desejo sexual pela esposa de um amigo meu? E pela minha cunhada? E por minha enteada? Quem manda em mim: o desejo ou a razão?
Fico perplexo quando as pessoas tratam o desejo como algo que não pode e não deve ser contrariado em hipótese alguma: desejo não é ordem!
Publicação de Flávio Gikovate no twitter em 30/03/2011
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